sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Cura


Estou cansada de esperar
E fechar meus olhos
Me perguntando
Por que todos os meus horizontes
Estão tão distantes?

Eu olho no espelho
Não gosto do que vejo
Em meu reflexo
Uma estranha está me encarando

Eu me esforço tanto para acreditar
Que as coisas vão melhorar
Numa busca contínua
Pela salvação do meu coração

Envolta em meus pensamentos
É sempre a mesma coisa
Eu ando gastando o tempo
Com qualquer coisa que ilude meus olhos
Sem ninguém para culpar

Os sonhos estão se queimando
Estão se consumindo
Espero me perder de mim para sempre
Para esquecer o caminho a seguir
Pois tenho encontrado somente angústia
Em busca de uma cura para minha alma.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Agridoce


Por que você às vezes
Se faz de ruim?
Tenta me convencer
Que não mereço viver
Que não presto, enfim

Saio em segredo
Você nem vai notar
E assim sem despedida
Saio de sua vida
Tão espetacular

E ao chegar lá fora
Direi que fui embora
E que o mundo já pode se acabar
Pois tudo mais que existe
Só faz lembrar que o triste
Está em todo lugar

E quando acordo cedo
De uma noite sem sal
Sinto o gosto azedo
De uma vida doce
E amarga no final

Saio sem alarde
Sei que já vou tarde
Não tenho pressa
Nada a me esperar
Nenhuma novidade
As ruas da cidade
O mesmo velho mar.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Você chora...

 
Este é um assunto tão triste
Das vezes que abri meu coração
Que agora permanece fechado
Por todas as lágrimas
Salgadas que trouxe

De vez em quando
Parece que eu estou esquecendo
Tento forçar um sorriso
Para disfarçar minha dor
 
Mas quando o coração quebra
Em pedaços incontáveis
A dor é tão imensa
Que você chora...


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Chuva dos Amantes

Lá vem a chuva de novo
Caindo em minha cabeça
Molhando minhas memórias
Sob seus olhos iluminados por sonhos

Profundamente adormecido
Neste mundo perigoso
Beijando às sombras
Como fazem os amantes
Mergulhados na emoção

Lá vem a chuva de novo
Cai em minha cabeça
Como uma tragédia,
Rasgando
O caos das nossas vidas.

O sorriso em seu rosto tempestuoso
Beija-me como fazem os amantes
Mergulhados na emoção
Onde Penumbras do sono
Nos levaram para longe.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Imagine...

 
Imagine... flutuar
Numa ilusão de equilíbrio
Quase-perfeito

Não sentir quase nada
Sonhar acordada
Fingir que dorme
 
Numa única paz
Que o espírito sente
Ficar a sorrir...

Levemente 
Calmo e aparente
Como borboletas
Num conto-de-fadas...

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Dias Cinzentos


Dias Cinzentos
Janelas fechadas
Guardo segredos que o vento
Leva sem medo

Dias cinzentos
Ruas tão tristes
Num turbulento e frio sentimento
Do meu olhar solto à sorte

Dias Cinzentos
O quarto vazio
Num canto encostado
Música antiga no rádio

"Melancolia" palavra tão vazia
Cheia de incertezas
Completam minha nostalgia
Com gotas de chuva no telhado

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A Hora de Partir...

 
Inferno acima e céu abaixo
Todas as árvores se foram
A chuva fez
Um som tão adorável
Para aqueles que estão
Com os pés fora do chão
 As folhas
Caem todo ano
Esperando a hora de partir
Viva por mim intensamente
Me encontre secretamente
Esconda meus segredos
A lua está cheia toda noite
Eu vou estar sempre aqui
Esperando a hora de partir...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Sobre mim

 
"O meu mundo não é como o dos outros
Quero demais, exijo demais
Há em mim uma sede de infinito
Uma angústia constante que eu nem mesma compreendo
Pois estou longe de ser uma pessoa
Sou antes uma exaltada
Com uma alma intensa
Violenta, atormentada
Uma alma que não se sente bem onde está
Que tem saudade… sei lá de quê!"
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