domingo, 8 de abril de 2012

Da minha janela



Da minha janela vê-se uma espécie muito rara de angústia
Tem o corpo que não ousei que me fosse
Usa o amor como se fosse a origem da sede
E sossega-se contra o peito da alvorada

Da minha janela vê-se uma espécie única de medo
Chama-se eu mas diz-se tu
E por vezes nós quando prende a vida
A algo tão falível como a vida

Da minha janela não se vê mais nada
Ouve-se o silêncio contra mim
E chove morte contra os vidros
Por dentro como soa o fim.

Um comentário:

  1. Da minha janela vejo vida.
    Mas não a que estou pronta para viver.

    Mana, bom dia! Ótima Páscoa!
    Beijos, amo tu

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